Sabe aquele momento em que você está assistindo a um filme ou série e, de repente, uma banda fictícia aparece com uma música tão boa que você pausa tudo só pra procurar no Spotify? Pois é — você não está sozinho.
De hits chicletes a solos épicos, muitas bandas criadas para as telinhas acabaram cativando o público.
Algumas parodiam gêneros, outras viram ícones cult, e tem aquelas que simplesmente nos fazem desejar que saíssem das telas direto para os palcos. Nesta lista, reunimos 10 bandas fictícias que mereciam existir de verdade. Confira abaixo:
Stillwater - Filme: "Quase Famosos" (2000) (Foto em destaque - DreamWorks Pictures, Columbia Pictures)
Escrito e dirigido por Cameron Crowe, o longa foi vencedor do Oscar de "Melhor Roteiro Original" e criou uma banda típica dos clássicos do rock dos anos 70 que soa tão autêntica que parece ter saído direto da coleção de vinis do seu tio.
Confira a música "Fever Dog" com cenas do filme em uma montagem criada por fã no YouTube:
The Wonders - Filme: "The Wonders - O Sonho não acabou" (1996)
Criada para o filme dirigido e escrito por Tom Hanks, a banda The Wonders (frequentemente chamada de "The Oneders" na trama) é o retrato perfeito da explosão e queda dos grupos de one-hit wonder nos anos 60.
Com um som inspirado nos Beatles da fase inicial e outros grupos da Invasão Britânica, os caras emplacam o hit “That Thing You Do” — uma música tão grudenta e bem produzida que, se fosse lançada na época, provavelmente teria estourado de verdade.
Ouça a faixa com cenas do filme também em montagem criada por fã:
Spinal Tap - Filme: "This Is Spinal Tap" (1984)
Nascida no "mocumentário" dirigido por Rob Reiner, a banda é uma sátira genial ao universo do rock pesado e todas as suas extravagâncias.
Spinal Tap é tudo que uma banda de hard rock exagerada deveria ser: egos inflados, letras absurdas, capas de álbum bizarras e, claro, amplificadores que ultraam o volume máximo.
O mais curioso? As músicas — apesar do tom de paródia — são realmente boas, e os membros da banda (interpretados por Michael McKean, Christopher Guest e Harry Shearer) tocaram de verdade e saíram em turnê.
Inspirada na cena do heavy metal dos anos 80, a banda fictícia faz parte do filme estrelado por Mark Wahlberg e Jennifer Aniston.
No longa, Wahlberg interpreta um fã devoto que, de forma inesperada, é escolhido para ser o novo vocalista da banda que ele idolatra — um cenário que mistura fantasia e realidade para qualquer amante do rock.
Com riffs pesados, figurinos exagerados e power ballads com cara de arena lotada, a Steel Dragon representa tudo o que tornou o glam metal uma febre: som grandioso, excessos e sonhos megalomaníacos.
Sex Bob-Omb - Filme: "Scott Pilgrim Contra o Mundo" (2010)
Com um nome tirado de um inimigo do Mario e uma sonoridade que mistura garage rock cru com a estética dos anos 90, a Sex Bob-Omb é a banda fictícia que embala a jornada caótica de Scott Pilgrim Contra o Mundo (2010), dirigido por Edgar Wright.
Formada por Scott (personagem de Michael Cera), Kim e Stephen Stills, a banda parece saída de um porão canadense, com faixas curtas, barulhentas e cheias de personalidade.
O som foi composto por Beck, o que dá às músicas um toque de autenticidade indie lo-fi que combina perfeitamente com o estilo visual frenético do filme.
Sex Bob-Omb não só serve como trilha da história, mas como extensão emocional dos personagens — e se tivesse lançado um EP real, provavelmente estaria nas playlists de quem cresceu entre fita demo e fliperama.
Confira a cena em que a banda toca a faixa "Garbage Truck":
The School of Rock - Filme: "Escola de Rock" (2003)
Liderada pelo carismático Jack Black no filme Escola de Rock (2003), essa banda formada por alunos do ensino fundamental conquistou fãs ao redor do mundo com seu rock energético e sincero.
O enredo acompanha Dewey Finn, um músico frustrado que se a por professor substituto e transforma uma turma de crianças tímidas em uma verdadeira máquina de rock'n'roll.
Com solos de guitarra, vocais poderosos e muita atitude, The School of Rock prova que talento e paixão não têm idade.
A banda fictícia acabou inspirando até uma versão musical na Broadway e virou símbolo da ideia de que o rock pode ser ível a todos — inclusive à garotada que sonha em subir no palco.
Veja a cena final na qual a banda toca a música "School Of Rock": (Mas atenção, se você ainda não viu o filme, o vídeo pode conter spoiler)
A banda Skullf*cker (posteriormente chamada Skullflower) representa a veia mais pesada e agressiva do metal jovem.
Formada por adolescentes que vivem e respiram riffs pesados, vocais guturais e atitude do underground, eles são o contraponto perfeito à vibe mais melódica da banda rival.
O filme traz uma homenagem sincera ao espírito do metal contemporâneo, mostrando que, mesmo em tempos digitais, o barulho, a rebeldia e a camaradagem continuam vivos.
Skullflower não só entrega peso na trilha sonora, que foi produzida por Tom Morello (Rage Against the Machine), como também captura a energia e os dilemas reais de jovens músicos que buscam seu lugar no palco — e no mundo.
Ouça a música "Machinery of Torment", escrita por Tom Morello ao lado de D.B. Weiss, cocriador de Game of Thrones e roteirista do filme:
Daisy Jones & The Six - Série: "Daisy Jones & The Six" (2023)
Baseada no livro de Taylor Jenkins Reid e transformada em série pela Amazon Prime Video, Daisy Jones & The Six apresenta uma banda fictícia dos anos 70 que poderia facilmente ter dividido o palco com Fleetwood Mac (banda que supostamente teria inspirado a trama).
Com um drama estrelado pela atriz Riley Keough (neta de Elvis Presley) e carregado de tensão criativa, romances conturbados e egos em colisão, a banda ganha vida através de performances convincentes e uma trilha sonora original de altíssimo nível.
O álbum "Aurora", lançado como parte da série, foi produzido por Blake Mills e conta com colaborações de Marcus Mumford e Phoebe Bridgers, entre outros — o que explica por que tantas músicas parecem clássicos perdidos da era dourada do rock.
Com estética vintage, letras confessionais e vocalizações intensas, Daisy Jones & The Six não é só uma banda fictícia — é uma que muitos fãs gostariam que tivesse existido de verdade.
Confira um compilado divulgado pela própria Amazon Prime:
Josie and the Pussycats (Filme: "Josie e as Gatinhas" (2001)
Colorido, barulhento e cheio de crítica pop, o filme é muito mais do que uma adaptação de desenho animado — é uma sátira afiada à indústria da música, disfarçada de comédia adolescente.
A banda fictícia, formada por Josie, Melody e Val, a de desconhecida a fenômeno global da noite para o dia, apenas para descobrir os bastidores sombrios por trás do estrelato.
O trio entrega músicas pop-rock pegajosas e cheias de atitude, com produção real assinada por nomes como Adam Schlesinger (Fountains of Wayne) e Babyface.
O álbum da trilha sonora é tão bom que alcançou status cult, com um som que mistura pop punk e rock alternativo dos anos 2000.
The Blues Brothers Band - Filme: "The Blues Brothers" (1980)
The Blues Brothers (Foto: Universal Pictures)
O que começou como um esquete no programa "Saturday Night Live" virou uma das bandas fictícias mais lendárias (e reais) da história.
No filme "The Blues Brothers", Jake e Elwood — interpretados por John Belushi e Dan Aykroyd — embarcam numa missão “divina” para reunir sua antiga banda e salvar o orfanato onde cresceram.
Mas o que realmente dá alma ao longa é a banda: um supergrupo de músicos de verdade, como Steve Cropper, Donald "Duck" Dunn, Matt "Guitar" Murphy e outros veteranos do soul e do R&B.
O repertório? Um tributo elétrico à música negra norte-americana, com clássicos de Aretha Franklin, Ray Charles e James Brown, todos também presentes no filme.
A Blues Brothers Band ultraou o status de ficção — saiu em turnê, gravou discos e se tornou referência de como humor e talento musical podem coexistir de forma explosiva.
